Quando abri a Bíblia pela primeira vez...

Pubblicato il 01-09-2019

di ARSENAL DA ESPERANÇA

Ernesto Olivero conta como surgiu o amor dele pela Bíblia e porque desde então a tem sempre consigo. Se puder, dedique alguns minutos à leitura deste texto: é um “Buona Giornata” diferente, um pouco mais longo do que de costume, mas que – no começo do mês da Bíblia – nos motiva a mergulhar um pouco mais na Palavra de Deus e também a participar de dois momentos muito especiais, no Arsenal da Esperança

No dia 10/09 (terça-feira), às 19h30: Ernesto Olivero estará em São Paulo e encontrará amigos e voluntários do Arsenal da Esperança. Será uma grande oportunidade para conhecer um pouco mais da história e da experiência de uma caminhada que há 55 anos dá vida e esperança a milhões de pessoas no mundo todo. 

No dia 20/09 (sexta-feira), às 19h30: Vigília de abertura da 9ª Semana de Leitura Contínua da Palavra, iniciativa que, para celebrar o mês da Bíblia, quer oferecer a todos a oportunidade de ler e ouvir a Palavra de Deus. 

Abri a Bíblia pela primeira vez depois de um encontro com Giorgio La Pira*. Naquela época ainda não o conhecia pessoalmente, mas ele me fez vibrar citando algumas palavras do profeta Isaías, que eu nunca tinha escutado antes. 

Peguei a Bíblia e procurei aquele versículo, que anos depois entraria na história do Arsenal da Paz de Turim: “De suas espadas eles fabricarão enxadas, e de suas lanças farão foices. Nenhuma nação pegará em armas contra a outra, e ninguém mais vai se treinar para a guerra.” (Isaías 2,4b). O coração me sugeriu que o Senhor me “usaria” para alguma coisa desse tipo, porque aquelas palavras entraram dentro de mim e eu sentia que o pensamento daquele Deus de quem eu lia as palavras era lógico. Deus sempre foi lógico para mim. Não um Deus envolto em nuvens, misterioso, mas lógico: “Ama”.

Ama o teu irmão. O preso, o faminto... Nunca uma exortação vaga, sempre indicações precisas. Desde jovem me parecia natural tê-lo encontrado. Se não fosse aquele episódio com La Pira, não conheceria diretamente a Bíblia. Decidi naquele momento lê-la da primeira página até a última, do A ao Z, cada palavra. No começo, me foi quase impossível conseguir ler em seguida um capítulo inteiro. Para a primeira leitura completa, acredito que levei três ou quatro anos. 

Depois, impus a mim mesmo um método: quero lê-la inteira uma vez por ano. Até que, finalmente, perguntei a mim mesmo: por que não lê-la duas, três, quatro, seis vezes por ano? Fiquei fascinado por ela. Ela contém a história da humanidade, a história de Deus encarnada na nossa. Leio e escuto, leio e me questiono, leio e rezo, e então a confronto com a minha vida, procuro indicações e conselhos preciosos sobre como enfrentar os problemas e as dificuldades que encontro. Eu me dei conta tantas e tantas vezes que, quando tenho mesmo um problema e estou pronto a escutar com abandono, as Escrituras me oferecem uma chave para enfrentá-lo. É o livro mais concreto que conheço. Tem um fascínio misterioso, mas não é um livro mágico; é um livro sagrado, do qual precisamos nos aproximar “tirando as sandálias”, ou seja, com profunda humildade de coração, de mente, de comportamento. 

Agora trago sempre a Bíblia comigo. Ela me acompanha dia e noite, a pé, no carro ou no avião. Quando vou encontrar o Papa ou quando estou com crianças de rua. Eu entendi que trazer a Bíblia comigo é como estar acompanhado pela Eucaristia. As Sagradas Escrituras e a Eucaristia me colocam sempre na presença de Deus. Como explicar as Escrituras aos outros? Estou convencido de que é necessário em primeiro lugar vivê-la. Os meus filhos, naturais e espirituais, talvez tenham sido atraídos pelo fato de que eu me esforçava para levá-la a sério. Em certo sentido, a primeira Bíblia sou eu quando, com a minha vida e com as coisas que penso e faço, me torno o livro que conta as maravilhas de Deus. Quando me torno confiável e me abandono a Deus para perguntar-lhe: “Pai, o que devo fazer?”, as Escrituras se tornam para mim uma indicação, uma palavra de vida. Tenho confiança em Deus que é Pai. Quantas vezes Ele me salvou! Quantas vezes me sugeriu o que eu devia dizer! 

Li a Bíblia uma centena de vezes, mas não quero me tornar um especialista. Quero ser sempre mais um apaixonado por Deus e a leitura da sua Palavra me segue.

* Giorgio La Pira: Prefeito de Florença (falecido em 1977, servo de Deus, a caminho da santidade) que governou a cidade de 1951 a 1964 e que entendia e praticava a política como amor pela cidade.
Ernesto Olivero
Fundador do SERMIG - Fraternidade da Esperança

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